Como cobrar honorários

Como cobrar honorários

 

 

Dia de festa entre amigos ou em casa, de forte abraço e beijo no pai e na mãe: você passou na prova da OAB e está apto a abrir seu próprio escritório profissional. De início, quem sabe, com um sócio e amigo.

O passar dos dias supera o primeiro impacto festivo e vêm as dificuldades do dia-a-dia. Os primeiros clientes você até já possuía, o que ajudou muito no sustento inicial, mas, persiste o que foi, na verdade, seu primeiro grande dilema: quanto cobrar do cliente? Mais difícil ainda: como apresentar a conta?

 

 

Profissão ou sacerdócio, você decide

 

 

O direito e a advocacia, para a maioria, surge na vida quase como um sacerdócio; a busca da verdade, a defesa dos injustiçados, fazer valer a Justiça cega, justa e igualitária para todos. Mas, como entra aí o dinheiro que vai pagar o aluguel de sua sala, luz, telefone, internet, secretária, etc, etc?

Embora tenha sua vertente sublime, a advocacia é uma profissão e, como tal, um negócio. É preciso cobrar pela atividade e, com estes valores, garantir uma vida justa e digna para a família. Os filhos, afinal, estão chegando, não é isso?

Antes mesmo de abrir seu próprio escritório, você precisa atentar para detalhes fundamentais: quanto tudo isso vai custar todo mês? Uma vez estabelecido, você precisa conhecer, pormenorizadamente, sua estrutura de custos.

 

 

Ante o cliente, como apresentar a conta?

 

 

Saiba que você, como profissional, não vai a lugar algum apenas com um bom discurso – escrito ou em oratória – numa peça jurídica ou na frente de um juiz. Você precisa, antes, saber quanto custa a sua atividade. Um bom texto jurídico ou um belo discurso têm um custo. Você sabe quanto é o seu?

E isto não é prerrogativa apenas do advogado em início de carreira. Mesmo o bom e experiente advogado ainda titubeia na frente do cliente ao dar o valor a ser cobrado pelo trabalho.

 

 

Você precisa de um bom software

 

 

É preciso primeiro mentalizar que você é um profissional, perdeu muito tempo estudando para isso e seu conhecimento acumulado, que será usado para defender seu cliente, tem um valor. E, se é seu trabalho, este valor precisa ser cobrado.

Então, comece por montar seu custo. Aluguel, despesas para ir e vir, luzes, telefone, internet, secretária, estagiário, cópias de processos, e-mail, software para contabilizar tudo isso e ajudá-lo na administração do escritório. Um bom software também ajuda a saber quanto do seu tempo você gasta com cada cliente e isso é muito importante para definir o valor a ser cobrado

Ah, agora começamos a nos entender… você precisa de um software que lhe ajude nessa administração e, desde o início, a montar o seu contrato de honorários advocatícios (www.sisea.com.br).

 

 

Tabela da OAB lhe dá bons parâmetros

 

 

Existe a tabela da OAB que pode e deve lhe servir de parâmetro. Mas ela não explica tudo nem encerra a questão, pois cada escritório, assim como cada empresa em particular, tem seus próprios custos e suas particularidades.

A tabela da OAB recomenda a cobrança de, no mínimo, 20% sobre o valor da causa. E especifica valores para outras causas, que você deve sempre levar em consideração. Não deve, por exemplo, cobrar abaixo disso, pois aí corre o risco de um processo por ferir o Código de Ética da profissão e contribuir para derrubar os índices de ganhos profissionais. Cuidado com o que está escrito entre os artigos 35 e 43 do Código de Ética.

 

 

Software ajuda no contrato de honorários

 

 

A importância de um software específico para escritórios de advocacia ultrapassa essa questão do controle de custos – já por si importante demais. Além de ajudá-lo nesse controle, Na gestão de prazos e na contabilização do uso do seu tempo, o software lhe dará uma mão e tanto em toda a gestão do escritório – você pode controlar todos os gastos e ganhos, saber como e por onde anda cada processo e, até, saber o que cada um de sua equipe de trabalho está fazendo naquele instante.

E o software vai ajudá-lo – quem sabe, mesmo, ensiná-lo -, a montar seu contrato de honorários. Com o detalhe de que, contrato feito, fica mais fácil explicar ao cliente o quanto e porque você está cobrando aquele montante.

 

 

Se o cliente desistir no meio do processo?

 

 

É claro que você pode manter aquela prática, aparentemente mais fácil e simples, de cobrar em percentuais. 20% sobre o valor total da causa ou, se for ganho sobre o êxito, o Código prevê que não seja superior a 30% deste êxito.

Perfeito, mas, se o cliente desistir no meio do caminho? E se ele pedir sucumbência, Ou quiser passar a causa para outro profissional? Você estará sujeito a perder pelo trabalho desenvolvido, quase certamente ficará no prejuízo. Um contrato pode prever tudo isso e, conforme a causa, pode até mesmo prever um adiantamento. Quem sabe uns 20% adiantados sobre o valor inicialmente previsto como de possível ganho? Aí você não teria perda total.

 

 

Calcule o seu custo diário

 

 

Outra questão que você precisa prever são as pequenas causas, de baixo valor. Ou consultorias, quanto cobrar? Ou, ainda, aquelas visitas que você recebe para aconselhamento de pessoas que, no geral, nem mais voltarão ao seu escritório.

É preciso ter um preço para cada uma dessas situações. Pois, para você estar ali, há despesas correndo. Então, conhecido o seu custo mensal, divida pelos 22 dias úteis do mês. É o seu custo – custo, não ganho – diário e cada cliente precisa pagar por ele. Assim, em consultorias, calcule quanto tempo você vai gastar, entre pesquisas, leituras, projetos e exposição, e acrescente esse custo para obter o seu ganho.

Tomadas todas essas precauções, mais um bom software especializado, não tenha dúvidas de que você está no bom caminho para, além de tornar-se um bom e reconhecido profissional, ter o dinheiro suficiente para garantir uma boa e digna vida à sua família.

Escrito por easycase

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